[porta-palavras]: poeta sem nariz vermelho

Meu palhaço querido!

Mudança de Endereço

Mudei de casa virtual. Agora é http://www.carmezim.wordpress.com . Não se façam de rogados. Apareçam lá!

Dica de Colares

Reproduzo o comentário de Thiago Colares sobre o livro de Tim Maia porque há nele também uma dica das boas.

É muito bom mesmo!! Tim maia era muito intenso, briguento e fantástico. Mas sobre biografias, eu sugiro a última que saiu sobre os Beatles, de Bob Spitz. A pesquisa foi impressionante. Já li muita coisa sobre os beatles, e esse foi o melhor. MUITO bom! Ficadica!

Beatles sempre vale, né?

O livro de Nelson Motta tem a virtude de criar uma dinâmica de leitura e de construção de imagens que parece colocar Tim – às vezes chapado, às vezes quase sóbrio – sentado no sofá proseando com os seus interlocutores. Vale Tudo – O Som e A Fúria de Tim Maia tem um ritmo que proporciona uma leitura intensa e cadenciada, como se o soul do síndico do Brasil perpassasse todas as 392 páginas.
Quem só lembra de Tim com aquelas largas blusas brilhosas em cima do palco, tem a oportunidade de vivenciar o dia-a-dia de uma das figuras mais polêmicas da Música Popular Brasileira. “Eu não fumo, não bebo e não cheiro. Meu único defeito é que eu minto um pouco". Sim, é dele a frase. Outras pérolas aparecem no livro, com um plus: o contexto e a forma como foram engendradas. Acredite: são histórias hilárias! Inimagináveis! Risíveis!
Foi Lorena que me deu o livro, de aniversário. Agradeço. Demorei um pouco de ler por conta do corre-corre. Mas foi delicioso chegar ao final. Senti assim – um pouco mais íntimo da música e do ritmo.
Na internet é possível achar o livro por R$ 34,50, na promoção (http://www.submarino.com.br/produto/1/21250052/vale+tudo+:+tim+maia).

Pra entrar no clima da sexta-feira pós carnaval e pra homenagear Gilberto Gil, com seu agogô atrás do Gandhy. De branco com os pés no chão. Gravada no Estúdio Transamérica, em 16 de março de 1982. Pra mim foi um achado. O disco é o "To be alive is good", de Gil. A música é de Moraes Moreira e Paulo Leminsky.

Oxalá estejam limpas
As roupas brancas de sexta

Oxalá estejam limpas

As roupas brancas da cesta

Oxalá, teu dia de festa

Cesta cheia feito uma Lua

Toda feita de Lua cheia

Teu amor branco lindo

Teu branco tremeluzindo

Se manifesta

Tanta pompa, tanta roupa

Tanta toupa, tanta pompa

Na cesta cheia de sexta

M. do Garcia

Na Mudança,
a dança
dos encontros

Sou mais eu
porque sou ela
qualquer canto, beco, viela
do amor

o detalhe preto-e-branco
deste carnaval doce
suspenso sobre nossos olhos

eu, que há muito tempo,
já me mudei
pra dentro dos carinhos dela

A Flor

eis que sobre guardar eu aprendi
com tua textura
só desabrochada em março

é beleza suspensa
comendo por dentro
para ser cristal na cor

suprema,
temperada,
ponta do pincel da natureza

(Era a única desabrochada no alto do Morro do Pai Inácio, na semana passada.
Foto: Welton Araújo)